Quero ser au pair! – Parte I

Coucou!

Hoje vou contar como foi que me tornei (estou me tornando) uma au pair. É um processo de certa forma longo, burocrático e cheio de exigências, como todo processo que envolve a obtenção de um visto. Ainda assim, é a forma mais barata de se estudar francês na França (ou outras línguas em outros países) e não tão complexa comparada à obtenção de bolsa de estudos ou à inscrição em um mestrado/doutorado em um país que não seja o seu.

Sendo assim, se você tem vontade de morar fora, gosta de crianças e não tem uma grande reserva de dinheiro, é uma boa solução para você se tornar au pair.

O percurso todo (da busca por uma família à chegada do VISA!) em datas foi assim:

  • 16/10/2015 Pagamento da taxa de inscrição da agência World Study para me inscrever no Programa “Au Pair na França” (sim, eu comecei me inscrevendo em uma agência de intercâmbio, mas estou indo por conta própria, contarei depois como foi isso).
  • 18/11/2015 Envio do contrato assinado à agência.
  • 14/12/2015 → Recebimento das instruções e da lista de documentos a serem fornecidos  por mim à agência.
  • 05/01/2016 → Comecei a preencher o dossiê enviado pela agência, o application. Sim, eu demorei. Sim, eu estava refletindo morrendo de dúvidas “vou ou não vou?”
  • 28/01/2016  → Cadastro no site “Au Pair World”, a princípio, por curiosidade, depois, fiz meu perfil bem bonitinho, pois vi que o site era sério.
  • 05/02/2016  → Primeiro envio de candidatura a uma famille d’accueil (que não se interessou por mim).
  • 29/02/2016 → Envio do meu dossiê preenchidíssimo para a agência juntamente com os diversos documentos exigidos.
  • 23/03/2016  → Primeiro contato com a famille d’accueil que vai me receber. ♥
  • 31/03/2016  → Primeiro contato via skype com a famille.
  • 12/04/2016 → Rescisão do meu contrato com a World Study, pois consegui achar uma família de acolhimento antes de eles terem achado uma para mim. Não reclamo do serviço, pois sempre me atenderam bem, mas eu consegui achar meus hosts por conta própria. Recomendo.
  • 27/04/2016  → Solicitação de pré-inscrição à escola de francês para estrangeiros em que vou estudar.
  • 28/04/2016  → Confirmação da pré-inscrição e fornecimento dos dados bancários da escola para pagamento da “acompte” (30% do valor total do curso). Preparem os bolsos, é caro, é em euro e o banco cobra tarifas indecentes para fazer a transferência.
  • 05/05/2016  Conclusão da transferência de dinheiro para a conta da escola. (Demorou!)
  • 09/05/2016  → Envio do accord de placement au pair pela host mom para eu assinar.
  • 10/05/2016  → Devolução do accord assinado para a host mom e envio de todos os documentos solicitados pela DIRECCTE para fazer a validação do documento.
  • 21/05/2016  → Após um monte de jours fériés na França (mês de maio), envio do meu accord para a minha host mom e posteriormente ela o enviou para mim. Glória!!
  • 21/05/2016 → No mesmo dia, finalização do meu dossiê na plataforma campus France. Depois eu fiquei desesperada aguardando uma resposta.
  • 23/05/2016  → Resposta do campus France dizendo que… meu curso tinha uma duração inferior ao meu accord de placement au pair e que portanto, ou eu teria um visto inferior à duração do acordo ou eu deveria acrescentar semanas suplementares de curso (em outras palavras, como meu dinheiro já havia acabado, eu  deveria  vender um rim dar um jeito). Comprei mais semanas de curso.
  • 24/05/2016  → Reenvio meu dossiê para validação do campus France.
  • 31/05/2016 → Como eles tinham esquecido de mim, envio de uma mensagem perguntando a eles se demoraria muito tempo para analisarem novamente meus documentos. Eles responderam na hora e já me disponibilizaram as informações para que eu pudesse fazer o pagamento da singela quantia de R$ 450,00.
  • 01/06/2016  → Pagamento da taxa do campus France indo ao banco no horário de almoço, debaixo de um dilúvio, porque determinação é meu nome. E envio imediatamente do comprovante para eles.
  • 03/06/2016  → Entrevista para o dia 08/06/2016…
  • 08/06/2016 → Entrevista na Alliance Française da minha cidade (Belo Horizonte/MG). Foi super tranquila! Durou cerca de 30 minutos e foi toda em francês. Mas não foi nenhum bicho de sete cabeças. A entrevistadora era simpática…
  • 08/06/2016 → No mesmo dia, agendamento de rendez-vous no Consulado Francês do Rio de Janeiro para o dia 13/06/2016. Não, você que não mora no Rio de Janeiro, mas mora em uma cidade que só tem consulado honorário, você não precisa ir primeiro ao consulado honorário, você pode ir diretamente no Consulado. Rápido. Prático. E econômico.
  • 09/06/2016 → Aflição de minha parte. Ansiedade da host mom perguntando quando chegarei. Ansiedade da minha mãe… Ansiedade dazamiga que querem fazer encontrinhos para se despedirem. Choradeira minha quase-todo-santo-dia. Pré-saudades (existe isso?). Euforia.

P.S – As datas são importantes para você poder ter uma ideia de quanto tempo (em média) leva entre a sua decisão e o embarque na França!

 😉

Bisous

Non, je ne regrette rien…

Não, não me arrependo de nada, só de algumas coisas. É o nome de uma das mais célebres músicas gravadas por Edith Piaf, cuja letra é de autoria de Michel Vaucaire e cuja melodia fora composta por Charles Dumont. Edith gravou “Non, je ne regrette rien” em 1960, apenas três anos antes de sua morte. Logo ao ouvir a melodia e a letra de Michel Vaucaire, Edith identificou-se imediatamente com a música, pois a considerava “sua história de vida”.

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La petite Edith (sim, ela tinha 1,42 m de altura)

Edith Giovanna Gassion, nasceu em Paris, em 19 de dezembro de 1915. Filha de um artista circense e de uma cantora de rua, Edith teve uma infância difícil e marcada por abandono e separações. Foi deixada por sua mãe na casa de sua avó materna, mas Edith, não recebendo os cuidados adequados a uma criança, foi resgatada por seu pai que a levou para morar em um bordel de propriedade de sua avó paterna.

Alguns anos depois, seu pai retorna para buscá-la. Edith começa a cantar em público pela primeira vez em uma das apresentações de seu pai e desde então não para mais. Edith teve uma única filha, Marcelle, mas jamais pode cuidar da criança, pois Edith precisava sair para cantar. Marcelle morreu ainda criança…

Edith teve bons amigos, que a acompanharam durante quase toda vida e também muitos amores: apaixonou-se por Marcel Cerdan, mas o perdeu em um acidente de avião e casou-se depois da morte de Marcel, duas vezes. Tornou-se dependente de medicamentos e de álcool e foi pouco a pouco perdendo sua frágil saúde até a sua prematura morte aos 47 anos. O filme “La môme” ou em português “Piaf, um hino ao amor”, retrata a vida de Edith com emoção e fidelidade. Vale a pena ver. Especialmente porque a linda da Marion Cotillard faz Edith Piaf.

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Marion Cottilard ♥

Edith, e todos nós, acredito, temos motivos para nos arrepender de algo. Todos nós temos males que nos fizeram, mas também temos pessoas queridas que nos fizeram muito bem. O passado precisa ser varrido do agora para não mais pesar em nossos ombros e para ceder lugar ao amanhã, que anseia por vir. Mágoas são muito pesadas para levarmos conosco. E a gente precisa de tempos em tempos, simplesmente… repartir à zero (recomeçar do zero)!

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Marion Cotillard como Edith Piaf

Non, Rien de rien. Non, je ne regrette rien

Não, nada de nada. Não, não me arrependo de nada.

Ni le bien qu’on m’a fait ni le mal.

Nem o bem que me fizeram, nem o mal.

Tout ça m’est bien égal !

Tudo isso para mim é igual!

Non, Rien de Rien.

Não, nada de nada.

Non, Je ne regrette rien.

Não, não me arrependo de nada.

C’est payé, balayé et oublié.

Está pago, varrido e esquecido.

Je me fous du passé.

Eu não ligo para o passado

Avec mes souvenirs,

Com minhas lembranças,

J’ai allumé le feu.

Eu acendi o fogo.

Mes chagrins, mes plaisirs.

Minhas mágoas, meus prazeres.

Je n’ai plus besoin d’eux.

Eu não preciso mais deles.

Balayé les amours

Varridos os amores

Avec les trémolos.

Com os tremores.

Balayé pour toujours.

Varridos para sempre

Je repars à zéro.

Recomeço do zero.

Non, Rien de rien.

Não, nada de nada.

Non, je ne regrette rien

Não, não me arrependo de nada.

Ni le bien qu’on m’a fait ni le mal.

Nem o bem que me fizeram, nem o mal.

Tout ça m’est bien égal !

Tudo isso para mim é igual!

Non, Rien de rien.

Não, nada de nada.

Non, je ne regrette rien

Não, não me arrependo de nada.

Car ma vie, car mes joies aujourd’hui,

Pois minha vida, minhas alegrias hoje,

Ça commence avec toi !

Começam contigo!

Vida de au pair – A espera

Eu ainda não sei bem como será minha vida de au pair, visto que ainda não comecei minhas atividades como uma, mas, por estar passando por um momento que todas passam, acredito que já posso falar pra vocês um pouco.

A fase da espera! Sim. Todas (e todos) au pairs passam por isso. As que vão por agências passam por aquela fase em que você preenche o seu dossiê (o application) e o disponibiliza para a agência. É quando você começa a esperar por uma família. Para quem vai por conta própria e cria um perfil nos sites de buscas de famílias e au pairs também passa pelo mesmo suplício. E é ai, meu filho, que sua paciência é testada. As coisas não andam no ritmo que a gente quer e o que para nós é para ontem, acaba sendo para semana que vem, mês que vem… E por ai vai. Meus caros, acostumem-se. Quando menos vocês esperarem, o momento chegará.

Vou explicar depois sobre essa parte de “encontrar uma famille d’accueil” que não é muito simples…

Mas por enquanto, eu só digo para vocês. Esperar é preciso. Depois de achada a família e assinado o accord de placement au pair, vocês terão que esperar a DIRECCTE da mairie onde vocês estarão validar o accord de vocês.

E depois? Depois tem o procedimento no campus France, a entrevista, o rendez-vous no Consulado, a espera pelo VISA e enfim a espera pelo embarque.

Né mole não mermão. Mas a vida é isso ai. Uma espera sem fim. Tenho aprendido muito.

Bisous

Sobre o tempo

Tempo. Um dragão milenar. Um leão devorador. Um tigre de apetite voraz. Um mago que transforma meninos em homens, homens em sepulturas e sonhos em projetos ultrapassados. Que faz dos humanos pó, que leva as rosas a fenecerem e que faz os humanos serem o que são. Sem este senhor não acreditaríamos que lagartas são capazes de se fazerem borboletas nem que castelos se dobram em ruínas. O tempo faz do homem mortal e o convence a ser finito, a extinguir-se. Sejam as árvores verdejantes que se travestem de amarelo quando o outono as consome, sejam os nossos desejos mais íntimos que se transfiguram em aspirações diversas, é certo que o tempo rege a todos. E não os distingue. Perante o tempo, todos os homens são iguais. Todos os homens são feitos de igual e risível fragilidade. E como competente maestro que é, o tempo orquestra sinfonias. Melódicas e bonitas. Ao tempo tudo pertence: o dia, a noite, a aurora, as primaveras, as dores, os sonhos e todos os amores e igualmente sobre estes, o tempo jamais deixará de agir.

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Imagem: Google imagens

Cause “all good things are wild and free”

Porque “todas as coisas boas são selvagens e livres…”

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All good things are wild and free

Foi o que disse Henry David Thoreau (12 de julho de 1817 — 6 de maio de 1862), poeta e naturalista estadunidense. Thoreau era um amante da natureza, defendia a legitimidade da desobediência civil diante de um governo injusto (gosto disso, sou subversiva) e era um abolicionista! Sim, ele defendia a liberdade.

Gosto muito dessa frase e ela representa um pouco a postura que quero ter diante da vida. Gosto que as coisas sejam simples, naturais e sobretudo livres. Acho que uma das principais necessidades humanas é a liberdade. Precisamos dela tal qual precisamos de amor ou de pão e água. Sem sermos livres, não vivemos, existimos penosamente.

Há algum tempo eu decidi partir, e para ser bem sincera, não sei muito bem a razão principal. Eu sei que preciso ir. Claro, tomei a decisão não só baseada em meus anseios existenciais, analisei logicamente as vantagens e desvantagens de ir embora e deixar tudo, mas é fato: o anseio por descobrir algo novo, a ânsia de liberdade e crescimento foram os grande motivadores.

Eu queria morar em vários lugares pelo mundo inteiro! Sim, loucura. Porque não me basta o “turistar”. Eu gosto é de viver o quotidiano de cada lugar, de explorar as coisas simples, comuns, não tanto de ir vistar cada lugar e só conhecer os monumentos turísticos. E como são muitos os lugares que eu quero conhecer, seria preciso “morar” um pouquinho em cada um. Utópico, eu sei. Mas mundo é lindo e imenso, quero saber como vivem “do lado de lá”.

Decidi partir. Às vezes é preciso fazê-lo. Dói. Mas é necessário quando você ainda não achou seu lugar no mundo. Ainda que seja para saber para onde você quer voltar.

Que sejamos a liberdade em essência e que tenhamos a coragem como combustível.

Bisous

P.S – Não sei onde achei essa imagem não, provavelmente no Google imagens, então não sei dizer quem fez esse negócio lindo. 

Au pair – O que é?

Au pair

A expressão au pair, em francês significa “ao par” ou “igual” e tem sua origem na ideia de paridade econômica entre serviços trocados. Originalmente referia-se ao trabalho fornecido em troca de alojamento e comida, com ou sem remuneração. Daí surgiu a expressão travailler au pair, bem como, jeune fille au pair, que existe desde o século XIX e foi posteriormente reduzida para au pair.

Fonte: Au pair – Wikipédia

Um jovem au pair (sim, pode ser um homem ou uma mulher) é uma pessoa entre 18 à 30 anos (a faixa etária varia em cada país de acolhimento), solteira e sem filhos que viaja para um país estrangeiro para viver com uma família de acolhimento durante um período determinado. A menina ou o menino au pair ajuda a família de acolhimento no cuidado das crianças bem como nas tarefas domésticas leves, como se fosse um membro da família.

Como contraprestação, o jovem au pair recebe de sua família de acolhimento alimentação (pensão completa), alojamento (normalmente um quarto individual ou estúdio independente) e o chamado “dinheiro de bolso”, que é como se fosse um pequeno salário. Um jovem au pair, contudo, não é um empregado doméstico nem uma babá.

O objetivo do programa é o intercâmbio cultural. Além do mais, o jovem au pair aprofunda seus conhecimentos linguísticos do país de acolhimento. Por isso, ser au pair em seu próprio país não é considerado como estadia au pair. O jovem au pair deve frequentar um curso de idioma no seu país de acolhimento e possuir conhecimentos básicos do idioma deste país. Quem custeia o curso de idioma varia em cada país. É o mesmo em relação aos custos do seguro e da viagem (vistos, passagem de avião e outros). Traduzido do site Au Pair World

A faixa etária varia de acordo com o país de acolhimento, de 17 a 30 anos. Lembrando que os menores de idade precisam da autorização de seus responsáveis para participarem do programa. A duração do programa também varia, podendo ser de 03 a 24 meses. Um dos destino mais procurados são os Estados Unidos, contudo, vou focar em explicar as peculiaridades de ser au pair na França, afinal, é para lá que eu vou. 😉

Ah! Lembrando que na França o jovem estrangeiro que é au pair é chamado “stagiaire aide familial étranger”, ou seja, estagiário estrangeiro de ajuda familiar, que não deve ser confundido com o “salarié au pair” que é uma pessoa empregada no seio familiar para executar tarefas domésticas e relacionadas à vida familiar em troca de abrigo e alimentação, ou seja, neste segundo caso, o objetivo não é um intercâmbio cultural.

 Responsabilidades

Au pairs devem cuidar das crianças e executar alguns serviços domésticos. Não são responsáveis por serviços que não estejam relacionados com as crianças ou com as áreas de convivência da casa. Os deveres de uma au pair geralmente incluem

  • Acordar as crianças
  • Levar e/ou pegar as crianças na escola
  • Ajudar as crianças com o dever de casa
  • Brincar com as crianças
  • Levar as crianças para passear em parques, grupos de brincadeira ou outras atividades
  • Preparar refeições para as crianças
  • Lavar as roupas das crianças
  • Arrumar as camas das crianças
  • Limpar o banheiro das crianças
  • Fazer pequenas compras

Fonte: Au pair – Wikipédia

Bem, como informações básicas, é isso que tem para saber. Já sobre o passo-a-passo de como se tornar au pair na França, você vai encontrar alguns links aqui em baixo. Em breve volto para narrar a minha experiência pessoal em detalhes e explicar para vocês como é a procura por uma família de acolhimento, como eu sofri eu fiz para arrumar toda a documentação, pois eu sei que isso ajuda MUITO quem está em dúvidas. Eu mesma li vários blogs de meninas que foram ou que são au pairs contando suas experiências e pude ficar mais tranquila e também mais animada!

Bisous

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C’est parti – Quando tudo começou…

Finalmente, depois de vários projetos falidos engavetados de criação e/manutenção de um blog, acho que estou pronta para compartilhar minhas ideias, vivências e sobretudo a experiência que estou prestes a ter: em breve irei para a França ser Au Pair (para quem não sabe o que é, aguarde o próximo post) e ficarei lá, a princípio, por 8 meses.

Quem me conhece sabe bem do meu grande amor pela França, pela língua francesa e pela “vie à la française”, mesmo que eu ainda não seja tão conhecedora das peculiaridades dessa cultura que tanto me agrada. Minha futura experiência será um dos assuntos principais do blog, mas além deste assunto, outros serão abordados oportunamente, conforme for pintando um clima ou conforme vá me dando vontade de escrever.

E por que “C’est parti!”? Bom, “C’est parti!” é uma expressão informal francesa que, em geral, significa o começo ou o lançamento de alguma coisa, ou seja, refere-se a algo que vai começar ou que está em curso.

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Imagem: Google imagens

Nada mais apropriado não? Afinal, uma nova fase está por vir e espero que ela seja muito boa!

No mais, fiquem à vontade, a casa é de vocês…

Bisous!